terça-feira, 23 de agosto de 2022

MONTE AZUL PAULISTA - 126 ANOS DE FUNDAÇÃO (parte 5)

CONQUISTAS: Fatos e Fotos
DE OLHO O ano de 2008 traz a notícia da construção do Hospital do Olho, uma entidade regional vinculada ao Estado, construído em frente à Maternidade Fernando Magalhães, que seria inaugurado pouco tempo depois, em agosto de 2009, e funciona até hoje. É construído pela prefeitura o Barracão do Agronegócio, que anos depois seria disponibilizado para uma empresa da cidade, a qual está até os dias atuais. No mesmo ano, em dezembro, são entregues a escola estadual Bairro Cruzeiro e o Velório Municipal, obras fundamentais.
Em 2009, o ano mais importante para o Atlético Monte Azul, quando vários acontecimentos fizeram com que o clube mudasse completamente, se tornando conhecido em todo o Brasil no ano seguinte. A equipe daquele ano venceria o campeonato da Série A2 paulista com todos os méritos, sagrando-se campeão, e em 2010 jogaria na primeira divisão, contra os chamados grandes paulistas. Foi um sonho realizado, que pode em breve voltar. No mesmo ano é criada pela Prefeitura a Ouvidoria Municipal, que atualmente não se faz presente. O ano de 2009 também é marcado por várias ações que comprovariam que Monte Azul Paulista estava deixando de ser predominantemente citrícola para ser uma cidade rodeada por plantações de cana de açúcar. Movimentos de citricultores tentavam incentivar o consumo de suco de laranja distribuindo de graça nas rodovias. A prefeitura anuncia o rodoanel caipira, uma nova vicinal que tiraria os caminhões de cana que passavam pelo anel viário em grande número, causando insegurança aos moradores e prejuízos ao sistema viário. Foi inaugurado em 2011 com o nome Osvaldo Expedito Arroyo. Em novembro de 2010, outro fato importante para a História de Monte Azul Paulista. O livro “As ruas da minha terra”, do historiador João Francisco Massoneto, é lançado. A importância deste livro é visível, devido à história contada sobre cada pessoa que deu nome às ruas de nossa cidade até a época de seu lançamento. Uma ideia inédita, que mereceria uma atualização. O comércio monte-azulense começa a se modernizar, ou modificar, surgindo franquias famosas com filiais em nossa terra a partir de 2009, com o Magazine Luiza. Depois, o maior supermercado da cidade, o Pratão, seria vendido para a rede Iquegami, em 2010, e surgiriam mais franquias. A creche Lizetti Ciampolini Lotti Carminatti é entregue em 2011 no Residencial Baraldi. Em março de 2012 é anunciada a construção de uma nova creche, ao lado do Centro de Lazer Centenário, que seria inaugurada apenas neste ano. Recebeu o nome da professora D. Melica.
No mesmo ano, em abril, acontece uma manifestação que marcou Monte Azul Paulista. Chamada “Obras Já”, mobilizou centenas de pessoas, primeiramente através das redes sociais, depois colocando cruzes na rodovia Armando de Sales Oliveira, SP322. O motivo era a necessidade de reforma da rodovia, que o governo estadual vinha protelando há anos. Deu certo, e a reforma, com a instalação de faixas auxiliares ao longo da rodovia entre Bebedouro e Olímpia, além de novos trevos de acesso e melhorias no asfalto, foi fundamental para evitar mais mortes em acidentes.
No mesmo mês são entregues as casas populares, finalizadas pela CDHU, do atual bairro Paulo Gurjon. Outra creche começa a ser construída, daquela vez no bairro São Francisco, no início do anel viário. Fundada em junho de 2012 a Reciclazul, cooperativa de catadores de materiais recicláveis. Em julho daquele ano é lançado o Residencial Jequitibá, à rua Silva Jardim na confluência com o anel viário. Já em 2013 é lançado o loteamento Jardim Amazonas, ao lado do novo terminal rodoviário, no anel viário. Praça Rio Branco é reformada novamente, colocando grades e retirando árvores não nativas. Também retiram bancos sem encosto e fazem um pequeno parque para crianças chamado Divertilândia Dora Barbeiro Junqueira. Também em 2013 é anunciada a construção do maior loteamento de casas populares do município, o atual bairro Nestor Elias David. Iniciada também a construção do que seria a subprefeitura do distrito de Marcondésia.
São construídas em 2014 as Unidades Básicas de Saúde dos bairros São Francisco e Vila Nova, além do prédio do que seria o Centro de Especialidades Odontológicas, hoje Pronto Socorro. Acimap inaugura nova sede, à rua Quintino Bocaiuva, onde está até hoje. No mesmo ano, uma notícia triste para o município. Em junho é anunciada que a empresa conhecida carinhosamente como Bombas Leão é vendida para a multinacional Francklin Electric, deixando de pertencer a monte-azulenses. Mesmo assim, a indústria mantém seu parque industrial na cidade, com a sede brasileira sendo em Santa Catarina. Marcou em definitivo nossa História. Inaugurado o Pavilhão Nacional, na rotatória da principal entrada da cidade, onde deveria estar sempre hasteada a bandeira brasileira. Anunciada a construção do novo Distrito Industrial, que recebeu apenas as guias das ruas, em terreno do antigo campo de aviação, às margens da rodovia SP322. Inaugurada a creche no bairro São Francisco, chamada Professora Margarida de Oliveira Del’Arco. Anunciada a construção de outra creche, no centro, à rua Prudente de Morais, atrás da igreja matriz, inaugurada em 2020, com o nome da Professora Edir Celina Roncaglia Del’Arco. HISTÓRIA E FUTURO Modéstia à parte, o ano de 2015 marca o centenário de nosso jornal A Comarca. Com todo o respeito, é mais um dos alicerces que ajudam na História de nosso município até hoje, pois muito do que sabemos está em nossas páginas, primeiro com o nome “O Município”, depois como “A Comarca”. A avenida Eduardo Machado é remodelada (naquele ano) e ampliada (em 2018), assim como a avenida Antonio Borges de Queiroz, a via de acesso Sebastião Fioreze e a parte urbana da vicinal Moacir Alves de Lima, até a rotatória onde está a empresa Roberto Chaim Móveis e Decorações, uma empresa marcante para o município desde então. Ali, passaria a ser chamada avenida a partir de então. É criada em 2016 a Feira do Produtor Rural, que culminaria na feirinha das quartas-feiras no Jardim da Delegacia (praça Siqueira Campos). Em 2017, o Parque Ecológico Dr. Claudio Gilberto Patrício Arroyo é entregue no Residencial Baraldi, importante área verde, com pista de caminhada e quadras de areia, entre outros benefícios, fundamental para a qualidade de vida melhorar. Aguardamos mais parques como esse em nossa cidade.
Entregues no mesmo ano as casas do Jardim Califórnia, novo loteamento da cidade, às margens da vicinal Moacir Alves de Lima. Em setembro de 2019 é entregue o bairro Nestor Elias David, maior conjunto habitacional do município, construído pelo Estado através da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano). É lançado o novo bairro Residencial Santa Helena, junto à avenida Moacir Alves de Lima e o anel viário. Os anos de 2020 e 2021 foram os anos da pandemia, que ainda persiste, mas com menos letalidade. Mesmo assim, algumas obras foram realizadas, como a construção do Poupa MAP Dr. José Oscar Arroyo, na antiga rodoviária, onde já estava instalada a Guarda Civil Municipal. Um importante local para resolver os problemas burocráticos e legais, além de abrigar outros órgãos, como o Procon e Sebrae. A Casa da Cultura, à rua Marechal Deodoro da Fonseca, começava finalmente a ser reformada, colocando inclusive um elevador, sendo reinaugurada neste ano. Mas a principal obra, sem dúvida nenhuma, é a da lagoa de tratamento de esgoto, que seguiu seu curso, mas até hoje não foi concluída. Outra obra ainda não entregue é a do Barracão da Reciclagem.
FINALIZAÇÃO Para alguns de nossos leitores, o texto aqui escrito pode parecer simplório, pois não mostraria os meandros das conquistas, as manipulações, os erros, as brigas políticas. Não é essa a intenção deste especial de 126 anos de fundação de Monte Azul Paulista. Focamos principalmente nos resultados, nas conquistas que foram realizadas e permanecem, ou se estabeleceram como nossos alicerces. Monte Azul Paulista tem muito mais além do que retratamos nessas páginas, com grandes personalidades, entidades, acontecimentos marcantes, solidariedade, serviços e atividades que marcaram, e ainda marcam a vida de nosso município. Difícil mencionar tudo. Esperamos que entendam o objetivo deste, onde as datas aproximadas indicam o caminho a percorrer para quem quiser se aprofundar nos assuntos. Reparem que não mencionamos, na maior parte, os nomes das pessoas envolvidas nas conquistas, pois o objetivo não foi enaltecer ninguém. Monte Azul Paulista está muito acima disso. São as nossas histórias, as nossas conquistas, que contam e permanecem como patrimônio. Que venham no futuro muitas histórias como essas. Parabéns a todos! Parabéns, Monte Azul Paulista!

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

MONTE AZUL PAULISTA - 126 ANOS DE FUNDAÇÃO (parte 4)

CONQUISTAS: Fatos e Fotos
MUDANÇAS Em 1991 o único cinema que existia na cidade fecha as portas. Chamava-se então Cine Bristol, e substituía o Cine Teatro Rui Barbosa, no mesmo local, à praça Rio Branco. No mesmo ano, uma das obras mais importantes do município é começada, o anel viário, com sete quilômetros de extensão iniciais, que contornaria toda a cidade, criando condições para novos bairros e novos acessos à cidade. Teria a formação atual somente a partir de 1999. Primeiro Distrito Industrial toma forma. A avenida da Saudade é duplicada a partir daquele ano. Também é iniciada a construção do bairro São Felipe, com casas populares, que seriam entregues precariamente apenas a partir de 1995, e em definitivo após 1997, com toda a infraestrutura.
No mesmo ano é criado o primeiro Conselho Tutelar, com eleições diretas. Em 1993 começam as obras do novo Centro de Saúde municipal, atual Dr. Alcides Facundo Arroyo. Também é lançado o loteamento particular Pajussara, na entrada principal da cidade. O novo (e atual) prédio da APAE também é concluído. Em agosto do mesmo ano é anunciada a construção da primeira grande indústria de suco de laranja do município, a Frutax, propriedade de ex-sócios da Montecitrus, em área desapropriada pela prefeitura no trevo da cidade. Foi inaugurada no ano seguinte. Mas o sonho durou pouco, pois seu patrimônio foi vendido em 1999, em sua maior parte, para a empresa Comcitrus, de Bebedouro, que permanece até os dias atuais como proprietária. Criada a Cozinha Piloto, fundamental para as escolas e outras entidades.
Em novembro é inaugurada a UBS Saúde da Mulher, importante melhoria localizada até hoje no antigo prédio inaugurado como posto de puericultura. É construída a creche de Marcondésia, Nosso Recanto. Em 1994 começa a ser feita uma reforma total da praça Rio Branco, retirando as pequenas praças que haviam dentro dela, o banheiro subterrâneo e o velho coreto, criando um novo coreto, com banheiros embaixo, que permanecem até hoje. Também retiraram as obras de arte colocadas na década de 1960 e as duas estátuas (já danificadas) da década de 1970, e modificaram a fonte e os desenhos com pedras portuguesas, nivelando-as em toda a praça. Seria reinaugurada em 1996, no ano de nosso centenário. Também em 1994 é lançado o loteamento Vila Real. Em 1995, dentro do bairro São Francisco, são construídas novas casas, para os moradores do bairro Matadouro, onde viviam em condições precárias, e são removidos. Eram 30 casas de madeira, que foram demolidas. No mesmo ano é inaugurado o bosque municipal, ou Pomar Social, no Residencial Arroyo, próximo ao Jardim Icaraí, outro bairro criado na época. Em 1995 também é construída a primeira lagoa de tratamento de esgotos da cidade. No mesmo ano, um novo cemitério começa a ser construído, com o prolongamento da avenida da Saudade, que se chamaria avenida Antonio Correa. Outros bairros importantes surgem, Colina dos Sonhos e Residencial Baraldi, este o maior loteamento desde a fundação da cidade. O Salão de Baile do Centro de Lazer do Trabalhador é construído nessa época, atual Centenário. São construídas as primeiras casas populares do distrito de Marcondésia, atual bairro Hygino Fioreze. O primeiro distrito industrial é construído, no principal trevo da cidade. É criado em 1996 o Hino Oficial atual de Monte Azul Paulista. CENTENÁRIO O ano de 1996 é o ano de um dos nossos principais alicerces, o livro de João Francisco Massoneto, “Monte Azul Paulista – A História da sua existência”, praticamente um documento oficial de nossa História, fundamental para todos os monte-azulenses que amam essa cidade. Era o ano de nosso centenário. No mesmo ano foi construído o velório de Marcondésia, entregue no ano seguinte. Lançados também em 1996 os bairros Jardim Centenário e Vila Nova. Em 1997 é lançado o bairro São Judas Tadeu. Criada a Casa da Cultura, que posteriormente se chamaria Fábio Zucchi Rodas. Funcionou inicialmente no prédio onde funciona atualmente o “Adolescentro” Almiro Lima Borges, e hoje está na rua Marechal Deodoro da Fonseca. O ano de 1997 marca mais uma vez Monte Azul Paulista. O Banco Antonio de Queiroz, então chamado Banqueiroz, deixa de existir. Vendido, passou a se chamar a partir daquele ano Crefisul, que pouco depois iria à falência. Sua sede já havia mudado para São Paulo em 1990.
Em 1998 começam as obras de ampliação da escola Aureliano Junqueira Franco, que teria uma piscina olímpica, mais salas de aula e um Ginásio de Esportes coberto. A partir deste ano, diversos ginásios de esportes cobertos são criados no município. Uma estrutura magnífica, padrão para as demais escolas. Funciona muito bem até os dias atuais.
No mesmo ano a OAB inaugura a Casa do Advogado, em frente ao fórum. Com uma grande reforma, a praça da Delegacia é reinaugurada, sem o prédio antigo da cadeia, mas com uma grande reforma do prédio mais novo. Permanece até hoje, com algumas modificações. Comfrio de Bebedouro instala sua filial no antigo prédio da Frutax, no trevo da cidade. Sindicato dos Trabalhadores Rurais constrói sua sede própria, na vicinal Moacir Alves de Lima. É construído o primeiro motel de Monte Azul Paulista. Em 2000 é construído o Centro de Lazer do bairro Icaraí. Construído o aterro sanitário, que substituiria o famoso lixão. Parque Denise Matta Blanco é entregue em dezembro de 2000.
MILÊNIO Em março de 2001 começa a funcionar o sistema de caçambas para entulhos em toda a cidade, disciplinando o seu destino. Criado o projeto Vida Bem Vivida, que se tornaria a associação (AVBV), com sua sede atual próxima ao fórum. Prédio atual da Casa da Cultura é desapropriado pela prefeitura em 2001, e anos depois passa por uma grande reforma, voltando este ano a ser ocupada. Em abril de 2002 começam os estudos para a construção de três lagoas de tratamento de esgoto. Hoje, uma delas está em vias de ser concretizada.
Em julho de 2002, a Câmara Municipal muda de endereço, para o prédio atual, o mesmo do primeiro fórum, à rua Coronel João Manoel. Começa a tomar forma a construção do bairro Paulo Gurjon no mesmo ano.
Criada uma horta comunitária pela prefeitura, ação que aparece e desaparece ao longo dos anos, mas importante meio de produção para a população e órgãos públicos. A prefeitura investe a partir de 2001 em poços artesianos e semi-artesianos para conter a falta de água crônica da cidade, que ocorre desde sua fundação. Diversos bairros novos são asfaltados, incluindo um de Marcondésia, e em 2003 todo o anel viário recebe novo asfalto, assim como a rua Joaquim da Costa Penha é finalmente urbanizada e asfaltada. Em 2002 começa a funcionar na cidade a primeira empresa de reciclagem monte-azulense, a Total Plast Embalagens, uma importante ideia para que tenhamos menos lixo para cuidar. No mesmo ano surge a Safrarrica, empresa que se consolidaria como uma das maiores do setor de produtos agrícolas na região. Em 2003 surge a Jazz Brasil, importante iniciativa para estimular os jovens músicos, que funciona até hoje, com sucesso. Instalado o Banco do Povo, importante instituição pública para financiar pequenos empresários. Nova escola estadual é anunciada no mesmo ano, que seria a atual Escola Bairro Cruzeiro. Criado o Centro do Adolescente no mesmo ano. Em fevereiro de 2004 é criada a primeira rádio em frequência modulada (FM), a Nova Era, que funcionaria como rádio comunitária, apenas para o município de Monte Azul Paulista. Avenida Eduardo Machado, entre os bairros São Felipe e São Judas Tadeu, é asfaltada em 2004. Em 2005 é criada a Secretaria de Segurança e Trânsito. No mesmo ano, novo barracão de festas do distrito de Marcondésia é entregue, que permanece até hoje. Entregue em junho de 2006 o Terminal Rodoviário Generoso Plaza, que funciona até os dias atuais, no anel viário, bairro Pajussara. Em 2007 o SAEMAP passa a atender à rua Benjamin Constant, onde está até hoje. Em 2007 começa a ser construído o bairro Paulo Gurjon, em sistema de mutirão.

MONTE AZUL PAULISTA - 126 ANOS DE FUNDAÇÃO (parte 3)

CONQUISTAS: Fatos e Fotos
BASES FORTES Em 1969 é anunciada a construção do novo prédio do Ginásio Estadual. Seria entregue em fins de 1972, sendo a atual escola Nena Giannasi Buck, um edifício moderno e inspirador, um grande alicerce da cidade. Em 1970 é lançado oficialmente o brasão do município. No mesmo ano são iniciados os estudos para implantação de uma rede de esgoto mais ampla em todo o centro da cidade. Seria uma das principais obras já realizadas no município, fundamental. Foi entregue dois anos depois. Em 1972 a Rodovia da Laranja, SP322, atual Rodovia Armando de Sales Oliveira, é finalmente inaugurada, após anos de demandas. A partir de 1973 muitas outras obras surgiram, que engrandeceram nossa cidade. Uma delas, anunciada naquele ano, foi a primeira creche de nossa cidade, que há tempos se anunciava, mas nunca era concretizada. Foi a creche Cantinho do Amor, que funcionou por muito tempo em prédio próprio, onde funciona hoje o Fundo Social. Era particular, sem fins lucrativos. Também foi construído o primeiro grande empreendimento público municipal de casas populares a partir de 1973, a então Cecap, atual Jardim Primavera. O asfalto mudou as ruas da cidade naqueles anos, que possuíam grande parte delas em terra, sem infraestrutura. Em pouco tempo quase toda a cidade foi asfaltada, excetuando-se as ruas com paralelepípedos ou ‘bloquetes’. Grande e importante obra.
Surge em 1973 a indústria Ifló de implementos agrícolas, importante empresa, que atualmente tem o nome de K3, e produz principalmente podadoras. Sua sede é na entrada principal da cidade. Vários edifícios são construídos pela prefeitura, como o Centro Comunitário, o Ginásio de Esportes e a primeira rodoviária (atual Poupa MAP).
O cemitério municipal recebe a primeira ampliação. O principal acesso a Monte Azul recebe a segunda via asfaltada, transformando-se na Via de Acesso (atual Sebastião Fioreze). É criado em 1974 o SAAEMAP (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Monte Azul Paulista), que inicialmente funcionou no prédio da Prefeitura, e depois teve a sede própria, próxima à garagem, mudando muito tempo depois para o atual endereço. Começam em 1974 os trâmites para o asfaltamento da estrada para Paraíso, que só se concretizaria na década seguinte.
Em 1975, a indústria de bombas Leão, em novas mãos, passa a funcionar à rua Sete de Setembro, e depois, em 1983, iria para a via de acesso, já como um dos grandes alicerces de nossa economia. O Salão Popular, clube que passaria a ser conhecido como Minhocão, na praça Newton Prado, vinha a preencher, no mesmo ano, uma lacuna com o fechamento do Henrique Dias, lendário salão que funcionou à rua Barão do Rio Branco, onde atualmente existe uma oficina de som automotivo. O edifício do Minhocão, após muitos anos, serve atualmente a aulas de reforço de crianças das escolas municipais. Foi criada a garagem municipal na época, que permance até os dias atuais. Também é adquirida através de doação a área para o Centro de Lazer do Trabalhador. Surge o primeiro Ginásio de Esportes (atual Julião Arroyo) coberto e fechado, na avenida da Saudade, com uma estrutura para mais de 2000 pessoas, bem avançada para a época. Em 1976, no distrito de Marcondésia é construído o campo de futebol. Também no mesmo ano surge a Coopercitrus, fusão das cooperativas agrícolas de Monte Azul Paulista e Bebedouro, empresa fundamental para os proprietários agrícolas da região até os dias atuais. O Monte Azul Tênis Clube inaugura seu parque aquático. Acontece a partir de 1977 a construção de um edifício emblemático na praça Rio Branco, o da Caixa Econômica Estadual, na esquina com a rua São Pedro, atualmente abrigando a agência Sicredi. Foi inaugurado em julho de 1978. Interessante notar que existiam 23 escolas rurais na época, número que seria completamente apagado de nossa História, pois atualmente não existem escolas rurais, devido à facilidade de acesso às cidades e à população, que se deslocou da zona rural para a urbana, criando inclusive cada vez mais novos bairros, deixando de ter apenas o Centro. O primeiro foi o Jardim Bela Vista, inaugurado em 1977. Em 1979 surgiriam o São Francisco, o Ciappina e o São Sebastião, que seria regularizado na década seguinte. Em 1980 surgiriam ainda o Loteamento Arroyo e o Jardim Itamaraty. Surge no final de 1976 o Sindicato Rural (patronal).
A partir de 1977 os vereadores passam a receber salário, refletindo posteriormente nas eleições, até hoje. Em fevereiro de 1977 uma notícia que afetaria o futuro econômico do município, uma forte geada atinge os laranjais dos Estados Unidos da América, elevando o preço do suco de laranja e estimulando os proprietários rurais brasileiros a partirem para a citricultura, mas isso não seria tão rapidamente. Foi um processo, sendo um forte alicerce para a nossa economia até os dias atuais. Naquele ano já surgem novas empresas citrícolas de produção e venda de laranja, em nosso município, e grandes indústrias de suco já se destacam na compra, principalmente a Frutesp, com sede em Bebedouro. A indústria Sucocítrico Cutrale instalaria sua primeira indústria em 1979 na vizinha cidade de Colina. Em julho de 1977 é acordado com o Estado a área para a construção do que viria a ser o novo Fórum local, atualmente nomeado como Desembargador Otávio Stuchi. O brazão de armas e a bandeira oficiais do município são finalmente instituídos oficialmente em junho de 1977.
Em maio de 1979 é fundada a APAE (Associação de Pais e Amigos do Excepcionais) de Monte Azul Paulista, que seria um grande alicerce nas instituições sem fins lucrativos, fundamental até os dias atuais. Outra entidade, criada em 1978, foi o CEREA (Centro de Recuperação do Alcoólatra), importante até os dias atuais.
À FRENTE A citricultura começa a enriquecer os monte-azulenses, e loteamentos cada vez mais caros são criados. Pela primeira vez, no ano de 1981, surgem edifícios a serem construídos, como das grandes cidades, com elevadores e garagem subterrânea, mas apenas um deles é construído, atrás da igreja matriz, que permanece até hoje. Em 1981 é anunciado o então maior loteamento popular de casas para a população de baixa renda, no Jardim São Francisco, com 200 casas. Começaria a ser entregue em agosto de 1982. É construído em 1981 o primeiro velório municipal, pelo Lions Clube da cidade, que daria lugar à Associação Vida Bem Vivida muito tempo depois, após a prefeitura construir o atual velório, próximo ao cemitério. Em maio de 1981 a Câmara Municipal passa a funcionar ao lado da Prefeitura, na praça Rio Branco, no mesmo endereço da primeira Câmara da cidade, mas em um edifício construído para uma agência bancária do extinto Banco Bandeirantes. Foi o ano em que os paralelepípedos das ruas centrais foram cobertos pelo asfalto, em especial na praça Rio Branco. Naquele ano também foi construída a primeira creche municipal (pública), próxima ao bairro Cruzeiro.
Em 1982, um dos principais alicerces de nosso município, o Banco Julião Arroyo, é vendido ao Grupo Fenícia, criando o Banco de mesmo nome. Depois de dois anos, seria vendido ao Bradesco, que derrubou o prédio local e construiu o atual. Na década de 1980 diversas vicinais são asfaltadas em nosso município e na região, uma importante melhoria para todos. Em 1984 é entregue a escola do bairro São Francisco, atual Alzira de Freitas Casseb. Na época diversos grupos de produtores citrícolas são criados com o objetivo de venderem sua produção para as indústrias com preços mais justos, e foram criados fortes grupos, como a Montecitrus, a principal empresa do ramo em nosso município até os dias atuais. Nosso comércio também era destaque na época, atraindo muitos empreendimentos importantes devido ao alto poder aquisitivo da população na época, graças à citricultura. A partir de 1991 a laranja começaria a ser substituída pela cana de açúcar, em um processo lento, que culminaria a partir de 2010 com a maior parte das terras do município tomadas por cana, até os dias atuais. Em dezembro de 1984 é inaugurada uma das maiores praças públicas da cidade, a Aurélio Coelho Blanco, no bairro Jardim Itamaraty.
Em 1985 é fundada a Credicitrus, a Cooperativa de Crédito Rural da Coopercitrus. A principal rodovia vicinal de nosso município, ligando Monte Azul Paulista a Paraíso, é asfaltada em 1986, mesmo ano da criação da Guarda Civil Municipal, a GCM. Em 1988 surge o bairro “Mutirão”, atual São Sebastião. É construída a segunda grande caixa d’ água na praça Rio Branco. É importante lembrar a criação do albergue noturno “Jesus é o Caminho”, em 1985, que abriga excluídos que passam pela cidade e não têm onde pernoitar. Funciona até hoje. Em 1989 é construída finalmente a subestação de energia na avenida da Saudade, que prometia resolver os “apagões” na cidade. Novo clube popular é criado, o Raposão, que duraria alguns anos. Em dezembro de 1989 é anunciada a primeira rádio de Monte Azul Paulista, a Princesa, primeiro com transmissão em AM, e mais recentemente, em 2017, em FM. Viriam outras rádios até as atuais transmissões pela internet.

MONTE AZUL PAULISTA - 126 ANOS DE FUNDAÇÃO (parte 2)

CONQUISTAS: Fatos e Fotos NOVO PROGRESSO A partir da década de 1950, com o boom pós-Guerra, o Brasil se destacava como uma das nações mais importantes do mundo, se desenvolvendo rapidamente, e Monte Azul Paulista seguia esses passos, lembrando um pouco os tempos de prosperidade do café, de 30 anos antes. A avenida da Saudade seria construída naquele ano, ao lado da então ferrovia. Seria duplicada apenas em fins da década de 1980. Também era inaugurado o edifício da escola do distrito de Marcondésia no ano de 1953. Diversos acontecimentos merecem destaque, como a inauguração do edifício do Ginásio Estadual, inaugurado em 7 de junho de 1953, importante obra, que hoje abriga uma escola municipal, a EMEI Zenaide Calil Rosinha.
O ano de 1954 traria novidades especiais aos monte-azulenses. Nosso município se tornaria comarca em 1º de janeiro, se separando em definitivo dos trâmites burocráticos e judiciais de Bebedouro. Nosso jornal mudaria então de nome, de “O Município” para o atual “A Comarca”, marcando a data. A construção do Hospital São Vicente de Paulo (atual Senhor Bom Jesus), criado em fevereiro de 1953 e inaugurado em 17 de março de 1957, que seria mantido pela Sociedade São Vicente de Paulo (criada quando da fundação do asilo, em 1934) até a década de 2000, também foi um marco da época, que selou uma nova fase de divergências políticas, culminando com a inauguração de um novo clube social em 1954, que seria marcante para o município, o Clube Recreativo Monteazulense, pois construiu uma piscina olímpica, fato inédito em toda a região naquela época. Na inauguração, trouxeram os melhores nadadores do país. É preciso destacar que para a construção da piscina foi perfurado um dos primeiros poços artesianos da cidade (de fato, o terceiro), que marcaria o nosso futuro graças a novos industriais que surgiriam na década seguinte, fabricando bombas submersas. Era a fase áurea dos salões de baile, quando as melhores orquestras e bandas do país se exibiam nos dois clubes, Tênis e Recreativo, pois as disputas políticas e econômicas se tornavam intensas, refletindo tal disputa em todos os setores. Em 1956, Monte Azul Paulista teria o início da construção do prédio que abrigaria o primeiro Fórum do município, que hoje abriga a Câmara Municipal. Foi inaugurado em 29 de junho de 1957.
OS BAILES:
O Cine Teatro Rui Barbosa, propriedade de Cesario Calin Lopes na época, mudaria completamente no ano de 1957, no auge do cinema mundial, quando sua fachada seria totalmente modificada (permanecendo até hoje, mas sem funcionar e sem o nome, logicamente) e ainda teria um grande palco para apresentações, com novas poltronas, num total de 700, e ainda nova tela e novo aparelho de exibição. Em 1959, surgem as primeiras informações sobre as obras do que viria a ser a Rodovia da Laranja, que passaria desde Ribeirão Preto até Paulo de Faria, passando por Bebedouro e Monte Azul Paulista, ainda por terra, e se tornaria uma grande novela, até seu total asfaltamento, na década de 1970. No mesmo ano, nosso jornal mudaria de mãos, com a família Cione transferindo a propriedade para a família Arroyo.
MODERNIDADES Enquanto a cidade de Brasília era inaugurada, algumas modernidades da época surgiam em Monte Azul Paulista. Em 1960 surgem as primeiras notícias sobre a chegada da transmissão por torres de televisão em nossa cidade, que seriam uma longa novela até realmente obtermos um bom sinal. Uma TV era muito cara na época, além de serem enormes e pesadas. As residências começavam a tomar novos ares, com casas mais práticas e reservadas, com pouca suntuosidade, voltadas a terem mais espaço, conforto e praticidade, e já pensando mais nos veículos de passeio, com garagens e salas maiores, longe dos quartos. Eram as novas residências dos mais ricos. Muitas casas dessa época ainda hoje chamam a atenção. Elas substituíram os casarões com comércio na frente, ou embaixo. Surgiu neste ano de 1960 a Cooperativa dos Cafeicultores de Monte Azul Paulista, embrião da Coopercitrus. Antes dela, apenas a Casa da Lavoura (atual Casa da Agricultura), criada em finais da década de 1940, auxiliava profissionalmente os proprietários rurais. Em 1961 faria sua primeira exportação de café, para a Inglaterra. Neste ano a agência de Correios inicia a construção de seu edifício na praça Newton Prado. O segundo (e atual) prédio da cadeia é desta época. Outra cooperativa, de consumo popular, já estava presente em nossa cidade, mas só teria um estabelecimento parecido com os atuais supermercados a partir de 1968, substituindo os antigos armazéns. Seria outra modernidade, estabelecida à rua Floriano Peixoto. Em 1963 tínhamos notícias sobre indústria de suco a ser instalada em nosso município. Talvez o início do ciclo da laranja, mas que chegaria a sua melhor fase apenas 20 anos depois. No mesmo ano era instalada oficialmente a Escola Normal, anexa ao então Ginásio Estadual, importante conquista. Também no mesmo ano, a comarca de Monte Azul Paulista incorpora o município de Paraíso. É colocada em pauta a construção da primeira creche na cidade, com o apoio dos vicentinos. No final daquele ano seria construída a Fonte Luminosa e outros monumentos na praça Rio Branco, retirando a herma de Rui Barbosa do centro da praça. A melhor reforma feita na praça até hoje, pois ficou muito bonita, e manteve as origens, com muita modernidade para a época.
NOVOS RUMOS Com a derrubada de João Goulart e a posse dos militares em Brasília, o país começa a mudar de forma drástica, e Monte Azul Paulista parece não se importar com as mudanças. Em 1964 é criado o Colégio Comercial, tendo como principal curso o de Técnico em Contabilidade, que marcou gerações no município. Começou a funcionar em 1965, junto com a Escola Normal, que havia formado sua primeira turma no mesmo ano, no prédio do então Ginásio Estadual (atual EMEI Zenaide). No mesmo ano, outro cartão postal é criado em nossa cidade, a avenida Antonio Borges de Queiroz, principal entrada de nossa cidade, com fiação subterrânea. Surgem as primeiras notícias de usinas de cana de açúcar em nossa região. class="separator" style="clear: both;">
A indústria de bombas submersas começa em 1964 a transformar nossa cidade. Era o ano da fundação da primeira indústria, com o nome Fioreze, Tomazella e Cia., ou Dois Leões. Nossa principal, e atual, força industrial estava com o seu primeiro alicerce estabelecido. Em 1965 é criada a Associação Comercial de Monte Azul Paulista, atual ACIMAP. Também é criado o Grêmio Esportivo Monte Azul, o GEMA, por filhos desta terra residentes em São Paulo, mostrando que muitos precisam sair daqui para estudar e trabalhar, mas seguem amando a terra natal. Até hoje.
O primeiro grande empreendimento relacionado à citricultura surge em 1966, com a São Paulo Citrus, que permaneceria por alguns anos, sendo fechada após uma crise forte no preço internacional por volta de 1974, mas pouco tempo depois surgiria o boom da laranja, na década de 1980. No mesmo ano, é noticiado o provável fim da estrada de ferro em nossa cidade. Já bem debilitada, sem modernizar-se, a linha de trem que cortava nossa cidade ao meio, estava com os dias contados, e viria a ter seu último ano de funcionamento dois anos depois, tendo o prédio da estação finalmente removido da rua Floriano Peixoto, e as áreas onde circulava sido leiloadas, encerrando um ciclo de muita nostalgia. Apesar do desejo antigo dos moradores, houve protestos pela derrubada da estação, por seu valor histórico. A era das rodovias atingiria nossa cidade na década de 1970, com o asfalto tomando nossas ruas, principalmente a partir de 1973. Festas de rodeio eram comuns já naquela época (década de 1960) em nossa cidade, sendo realizadas no estádio do Atlético. Campanhas do Lions Clube também eram muito ativas na mesma época, até os dias atuais.