terça-feira, 28 de setembro de 2021

Monte Azul Paulista - 125 anos de Fundação

Celebrar a fundação de Monte Azul Paulista é sempre importante e necessário. Um povo jamais pode deixar de conhecer sua História, preservar a História de seus antepassados, reverenciar seus melhores feitos, e manter tudo isso preservado de forma que possamos sempre seguir seus bons exemplos, e aprender com seus erros. A preservação da memória histórica é fundamental para que saibamos como chegamos ao presente. Nossa cidade foi fundada em 29 de junho de 1896, como confirma o grande historiador João Francisco Massoneto em seu livro “Monte Azul Paulista – A História de Sua Existência”. E quem teve a principal iniciativa de tal feito foi Cassiano Felipe Alves (ou Felipe Cassiano), que, morando na Fazenda Avanhandava, onde passava o rio de mesmo nome, no ano de 1895 teve sua esposa uma grave moléstia, que diversos médicos não conseguiam curar, sendo inclusive “desenganada”. Católico, muito devoto do Senhor Bom Jesus, prometera que, se ela fosse curada doaria alguns alqueires de terras para ser construído um Patrimônio, ou uma nova vila da igreja. Como sua esposa acabou sendo curada após um certo período, Felipe Cassiano se viu na obrigação de cumprir a promessa após a graça alcançada, e contou com a ajuda de diversos proprietários, principalmente Joaquim da Costa Penha, outro grande devoto do Senhor Bom Jesus. Naquela época, as propriedades rurais ainda tinham muita mata fechada, com poucas terras cultivadas. Assim, após reunião com as principais famílias proprietárias de terras da região, decidiram fundar o Patrimônio do Senhor Bom Jesus no alto de uma colina, na divisa de duas das principais fazendas, Avanhandava (ou Avanhandavinha) e Palmeiras (ou Cachoeirinha), onde atualmente se situa a fonte luminosa, na praça Rio Branco. Uma cruz foi instalada ali por Felipe Cassiano, após Romualdo Pereira (ou Romualdo Antônio Pereira) ter desmatado o local com um velho facão e uma foice. Apesar da colocação da cruz naquela data, em 29 de junho de 1896, a área do Patrimônio só foi oficializada no ano seguinte, em 2 de setembro de 1897, após as doações efetivadas pelas famílias proprietárias. Foram 25 alqueires no total, registrados inicialmente no Cartório do 1º Ofício de Bebedouro, no livro 2, fls. 91. O fabriqueiro representante da igreja foi Sabino Gonçalves da Cruz. Já o registro da escritura de doação só foi feito em 11 de março de 1909. O Patrimônio chamava-se Senhor Bom Jesus do Avanhandavinha. Essa área não foi doada apenas por Joaquim da Costa Penha. Eram áreas de várias pessoas, que fizeram uma procuração para ele afim de diminuir os custos de transmissão. Consta que, além destes 25 alqueires, também a família Junqueira autorizou o Coronel Aureliano Junqueira Franco a doar mais 24 alqueires para o Patrimônio, e além disso, Leopoldo Rangel também teria doado mais 5 alqueires. Na verdade, o que está comprovadamente registrado em nome da igreja são os 25 alqueires, segundo o historiador João Francisco Massoneto. O NOME Em 1896 o novo patrimônio foi batizado de São Bom Jesus do Avanhandavinha, que perdurou até 1899, quando passou a chamar-se São Bom Jesus do Monte Azul. Em 1900 tem o nome Monte Azul definido, que perdurou até 1944, quando o governo Getulio Vargas decidiu que não poderia ter dois nomes iguais para as cidades do país, mesmo sendo em outro Estado. Passou a chamar-se Itassugui em 1944, mas no mesmo ano mudou para Monte Azul do Turvo e, em 1948, já com um novo governo federal, recebeu em definitivo o nome Monte Azul Paulista, por sugestão do saudoso Julião Arroyo.
Bairros Tudo indica que o centro de Monte Azul Paulista, criado a partir de planta do engenheiro João Mastrella, foi desenhado entre o dia 29 de junho de 1896, data em que colocaram o marco inicial, uma cruz, no local, e 2 de setembro de 1897, quando foi lavrada a escritura de doação da área para a construção do futuro patrimônio da Igreja, pois algumas quadras da planta foram descritas na escritura como reservadas e livres de aforamento, ou seja, não pagariam impostos para a igreja, que seria a nova proprietária. Temos uma cópia de um desenho do centro da cidade feita muito tempo depois, mas que mostra o formato de aranha em que a cidade havia sido planejada. Esse desenho mostra o primeiro bairro da cidade, o Centro. Mas, e os outros bairros? Conhecemos como surgiram? Sabemos realmente a origem, o dia em que os proprietários resolveram lotear ou fazer um novo empreendimento imobiliário em nossa cidade? São muitas as questões que nos chamam a atenção, e A Comarca nesta edição resolveu contar um pouco destas Histórias, para que os leitores tenham pelo menos uma noção de como surgem, ou surgiram, os nossos bairros. Monte Azul Paulista possui atualmente 26 bairros, incluindo um que ainda não iniciou as vendas dos terrenos, segundo podemos constatar. Também temos dois bairros no distrito de Marcondésia, totalizando então 28 bairros. Alguns são pequenos demais para se chamar de bairros, mas possuem história e estrutura suficientes para manter esse status. Nesta edição especial de aniversário apresentamos um pouco da História de cada bairro do município.
História e características Quando percorremos as ruas de nossa cidade nos deparamos com inúmeros edifícios, de todos os tipos e tamanhos. Infelizmente, imitando os grandes centros, a maioria destes edifícios com o tempo perde suas características históricas, alguns até sendo completamente demolidos. Poucos se mantém originais. A planta atual da cidade, mostrada nesta página, também mostra que não somente os edifícios mudaram, mas as características principais do planejamento do centro, onde tudo começou, e é fácil perceber que praticamente apenas o centro permaneceu de acordo com a planta original. A maioria dos outros bairros, surgidos a partir da década de 1970, transformou tudo em um emaranhado de ruas como as de qualquer cidade do país, com pouco planejamento e muita especulação, compadrismo e falta de respeito à própria História da cidade. O dinheiro falou mais alto, infelizmente, para quase todos os novos bairros. Muitas histórias, verdadeiras ou não, mostram que amizades políticas e influência junto aos poderes constituídos definiram diversos desses bairros, que muitas vezes tentaram obstruir outras ações de adversários políticos, pensando apenas no poder. Vejamos a seguir, como e quando surgiram esses bairros.
Centro Centro: O primeiro bairro, como não poderia deixar de ser, é o Centro, onde tudo começou, o maior bairro da cidade. Surgiu com o desenho do engenheiro João Mastrella em forma de teia de aranha, que podemos perceber na foto e na planta atual nesta página, com as quadras e lotes demarcados, a maioria pertencente à Paróquia, mas alguns permanecentes a fundadores e criadores da cidade. Havia, sim, um planejamento minucioso, com as praças demarcadas, as ruas definidas para determinados fins, e até as medidas e parâmetros para que a cidade permanecesse como um local seguro e agradável para se viver. Importante destacar que não havia automóveis na época do desenho. Por isso, pensava-se muito em áreas verdes, para plantio e cuidados com os animais. Por isso, os lotes eram grandes. Com a definição dos lotes, logo surgiram os primeiros edifícios, primeiramente de formas simples, sem muitos detalhes. Inclusive a primeira capela foi construída de forma bem simples, demorando quase 20 anos para que a igreja matriz tivesse realmente um edifício à altura. Nosso jornal O Município, atual A Comarca, costumava colocar em suas edições semanais, desde 1915, os destaques em construção na cidade, que chamavam mais atenção e, por isso, eram elogiados. O Centro de Monte Azul Paulista é amplo, o maior bairro, e permaneceu como único bairro da cidade por mais de 70 anos. Ali se situa o principal comércio da cidade, com supermercados, clubes sociais, farmácias e drogarias, agências bancárias, correio, hospitais, consultórios médicos, lanchonetes, restaurantes, bares, postos de combustíveis, escritórios empresariais, de contabilidade, veículos de comunicação, escolas, edifícios públicos como a prefeitura, o fórum, cartórios, e tantos outros. É o local mais valorizado comercialmente, e desde o início, quando os portugueses, italianos, espanhóis e, principalmente, os sírios e libaneses, chegaram como imigrantes, logo se destacando como grandes empreendedores, diversos edifícios comerciais foram construídos, em especial na rua São Pedro. Alguns brasileiros de outros estados, como os baianos, conseguiram também ter muito sucesso por aqui, e ajudaram a transformar a cidade, em especial o Centro, onde se destacam edifícios construídos no início do século passado, como a atual Casa da Cultura, os casarões da esquina da rua Sebastião de Souza Lima com a praça Rio Branco, ou a casa que pertenceu a João Abarca, depois Julião Arroyo e, atualmente, a Vanderlei Rodas, na rua São Pedro, as casas da rua Dr. Cícero de Moraes, que foram construídas por famílias espanholas, como os Hernandes, e mesmo os edifícios comerciais mais antigos, que sofreram modificações mas permanecem com características antigas, da época de suas construções. Ainda temos algo a preservar, e tudo faz parte da História. Sem dúvida, nosso principal cartão postal, em especial a praça Rio Branco com suas pedras portuguesas, a herma de Rui Barbosa, a fonte luminosa e a Igreja Matriz. Atualmente, o Centro possui mais de 2.000 edifícios, incluindo um de apartamentos, com 12 andares.
Jardim Primavera: No ano de 1975, refletindo a urbanização maciça do país a partir das duas décadas anteriores, surge, finalmente, o segundo bairro da cidade, atualmente chamado de Jardim Primavera, formado por 60 moradias da antiga CECAP (hoje CDHU), que foram as primeiras casas populares da cidade, e pelo Jardim Icaraí, com 90 casas populares construídas a partir de 1988, que muitos consideram como bairro. Interessante lembrar que para essas primeiras casas populares, da Cecap, praticamente não houve disputa para recebê-las, pois na época as pessoas não queriam. Muitas casas foram entregues graças à insistência da prefeitura em oferecê-las. Na década seguinte, com o boom da citricultura, com muitos migrantes, tudo mudou. O bairro possui um comércio ativo, com padaria, bares, distribuidores de bebidas, rede autorizada de refrigeração, restaurador de móveis, distribuidor de água e gás, oficinas mecânicas e elétricas, entre outros. Possui algumas praças mal conservadas, em especial na antiga Cecap, e um local para a prática de esportes, com um campo de futebol e uma quadra de volei de areia, nem sempre com manutenção adequada. A escola estadual Nena Giannasi Buck pode ser considerada como parte deste bairro e seu principal destaque arquitetônico. Foi entregue na mesma época da Cecap, assim como a praça Sebastião Baraldi (antiga Paulo Egídio Martins), em frente à escola. O pomar social é uma área de lazer muito boa, ao final do bairro.
Cruzeiro: O centro da cidade já foi maior. Ele acabou tendo uma divisão, com algumas das quadras originais passando a pertencer a outro bairro, o Cruzeiro, que a partir do final da década de 1970 passou a ser considerado como um bairro. Diversas questões de ordem social fizeram com que isso acontecesse. Situado a apenas duas quadras do centro, é um bairro de classe social mais baixa, que mudou muito nos últimos anos. Uma creche e uma escola estadual foram construídas no bairro, moradores já fizeram festa do peão com muito sucesso. Algumas igrejas são mantidas no bairro, com destaque para uma capela católica de São Benedito, que marca o bairro e seu principal símbolo, o cruzeiro na pracinha. Dentro do bairro temos um local chamado Jardim da Ponte, considerado inadequado para se viver, onde a maioria dos moradores já foi retirada e realocada em um novo bairro.
Bela Vista: Outro bairro que seria parte do centro da cidade é o Bela Vista, que surgiu na década de 1970. Pequeno, mas valorizado por sua localização, o bairro foi construído a partir de uma chácara da família David. Possui perto de 100 edifícios, a maioria residenciais, mas tem um comércio ativo, com bares, lanchonetes, padaria e açougue. De fácil acesso, é um bairro de classe média, praticamente sem terrenos disponíveis. Possui uma praça para lazer (foto ao lado), com academia ao ar livre e uma estrutura de concreto que poderia ser considerada como símbolo do bairro. São Sebastião: Este bairro foi construído inicialmente em sistema de mutirão a partir de 1980, com 56 casas. Logo em seguida, foram construídas mais cerca de 40 casas populares pela prefeitura municipal. Foram ainda incorporadas mais cerca de 200 edificações ao bairro, transformando o mesmo em um dos maiores de Monte Azul Paulista, com um total de 300 edifícios, a maior parte formada por residências. Existem duas praças no bairro, uma pequena, já na divisa com o bairro Bela Vista, e a outra maior, mas um pouco abandonada. O Centro de Lazer Centenário é o principal ponto de lazer do bairro.
Residencial Arroyo: Predominantemente residencial, o bairro Residencial Arroyo foi registrado em 1980 pela família Arroyo na antiga chácara da família, sendo atualmente um dos bairros mais valorizados de Monte Azul Paulista. Lançado com 204 lotes, conta atualmente com cerca de 150 edificações. Sua localização é privilegiada, na principal entrada da cidade, e está sendo ampliado atualmente. Tem como vizinhos o centro, o Jardim Primavera e uma área rural. Possui uma pequena praça urbanizada e o pomar social dividido com o Icaraí, cuja área foi cedida pela família Arroyo para a prefeitura construir, e onde o lazer encontra estrutura para os moradores. Ao lado, a praça Beatriz Kohlman, em 1987, ano da inauguração.
Jardim Itamaraty: Monte Azul Paulista, até a década de 1980, construía seus principais imóveis residenciais no Centro da cidade, onde sempre foram mais valorizados. Com a riqueza trazida pela citricultura, foram criados alguns bairros mais imponentes e destinados à elite da cidade. O principal bairro é o Jardim Itamaraty, com um padrão de primeiro mundo, que possui verdadeiras mansões. Possui também uma grande praça, um condomínio fechado, e é rodeado por chácaras e o centro da cidade, além de um clube social de campo. Criado em 1979 a partir de uma chácara da família Barbeiro, o bairro possui cerca de 100 residências atualmente, sendo a antiga sede da propriedade um dos principais símbolos de beleza arquitetônica do bairro. Ao lado, a bonita praça Aurélio Coelho Blanco, quando de sua inauguração.
Ciappina: Criado em 1980 por Celso Ciappina, é um bairro pequeno, com cerca de 90 casas, junto a uma quadra da rua Sebastião de Souza Lima, fazendo divisa com o Centro, mas com uma ligação maior com o bairro São Francisco, pela proximidade. Circundado por várias áreas rurais, possui um campo de futebol que gerou muitos problemas, pois ficou sem escritura por mais de 30 anos. É o seu principal símbolo.
São Francisco: O bairro São Francisco é um dos maiores bairros de nossa cidade. Lançado em 1979, possui uma escola pública, Alzira de Freitas Casseb, com ensino até o 9º Ano, e uma creche, de nome Margarida de Oliveira Del’Arco. Possui como um grande símbolo a capela de São Francisco, construída pela igreja através do empenho maciço dos fieis católicos do bairro, e representa bem o espírito do bairro, que é constituído em sua maioria por famílias de classe média baixa. Algumas casas dos 564 lotes foram construídas pelo antigo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) no início da década de 1980, que se situa entre o prolongamento da avenida da Saudade, hoje Antonio Correa, o Cemitério Municipal Américo Benhossi e algumas propriedades rurais. Sua principal área de lazer seria o Parque Denise, mas somente os campos de futebol foram mantidos desde a sua inauguração, em 2000. Suas piscinas foram utilizadas apenas uma vez (foto), depois foram abandonadas. Segundo os prefeitos que vieram depois, devido ao alto custo de manutenção. O bairro São Francisco possui um pequeno bairro dentro do bairro, constituído de casas onde vivem os antigos moradores do Matadouro Municipal, que funcionou próximo ao bairro Cruzeiro. São casas construídas a partir do loteamento feito pela família Sandrini no início da década de 80.
São Felipe: O bairro São Felipe foi criado em meio a uma polêmica sobre a área em que iria ocupar, no ano de 1991, de acordo com registros na Prefeitura Municipal. É um grande bairro de casas populares, habitado em sua grande maioria por famílias de classe média baixa. Fica às margens da avenida Liscano Coelho Blanco, anel viário, e faz divisa com áreas rurais e os bairros São Sebastião e São Judas Tadeu. Possui 263 casas registradas. Na verdade, parte do bairro, cerca de 60 casas, fica separado pelo anel viário, ao lado do Jardim São Sebastião. Possui uma creche bem estruturada, pequena. Após mais de 20 anos os moradores terão finalmente as escrituras de suas casas, pois a prefeitura terminou de pagar pela área, determinada pela Justiça através de precatório.
Distrito Industrial Valentim Tomazella: Monte Azul Paulista não tinha nenhum bairro destinado exclusivamente às indústrias até a década de 1990, até que resolveram criar um local para isso, e que tivesse fácil acesso às rodovias. Adquiriram uma área no trevo principal da cidade e construíram o distrito com lotes industriais, deixando ainda uma área para a construção da APAE, em área doada ao município. Eram diversos lotes, que o tempo se encarregou de mudar, com a economia mantendo apenas poucas empresas instaladas ali. Recebeu o nome de Valentim Tomazella, o principal criador e empreendedor das Bombas Submersas Leão (atual Francklin Electric), dentre outras invenções, que a família Plaza brilhantemente continuou. Há inúmeras histórias e controvérsias sobre o distrito industrial e outras áreas cedidas pela prefeitura em diversos momentos para empreendimentos industriais e comerciais, mas parece que tudo está resolvido nos dias atuais.
Colina do Sonho: Quando Monte Azul Paulista parecia crescer apenas para os lados norte, sul e leste, deixando a parte oeste da cidade praticamente estagnada, surgiu a ideia do empresário Ariovaldo de Moraes criar um empreendimento imobiliário naquela região, mais precisamente em sua propriedade, às margens da vicinal Moacir Alves de Lima, estrada para Paraíso. Ainda sem o anel viário completo, mas já desenhado em sua totalidade, o novo bairro seria lançado em meados de 1994, em sua primeira fase, com o nome Colina do Sonho, onde atualmente estão construídas cerca de 200 casas, residenciais e comerciais. É um bairro extremamente dinâmico devido, principalmente, à sua localização, que permite o convívio entre moradores e comerciantes, fazendo com que o trabalho muitas vezes fique próximo às moradias. Seu principal símbolo, sem dúvida nenhuma, é a loja Roberto Chaim Móveis, conhecida nacionalmente pelo luxo e sofisticação. Colina do Sonho II: O bairro Colina do Sonho II foi criado pelo mesmo proprietário a partir do ano de 1997, após a consolidação do primeiro Colina do Sonho. Atualmente, possui cerca de 90 edificações. O perfil dos moradores é o mesmo do bairro vizinho. Pode-se considerar como uma extensão deste. Várias residências valorizadas foram construídas em sua parte superior, às margens da vicinal Moacir Alves de Lima, próximas à loja de Roberto Chaim.
São Judas Tadeu: O bairro São Judas Tadeu foi construído por Sebastião Blanco Machado e registrado na Prefeitura Municipal de Monte Azul Paulista no ano de 1997. Ele também era o proprietário da área onde foi construído o bairro São Felipe, que tanta história gerou. Hoje temos um cartão postal no bairro, a capela de São Judas Tadeu, da igreja católica, construída pela família do proprietário e recém terminada pela Paróquia, uma magnífica obra arquitetônica moderna.
Residencial Baraldi: Com registro na Prefeitura Municipal no ano de 1996, o bairro Residencial Baraldi foi desenvolvido pela família Baraldi em duas etapas simultâneas, sendo atualmente um dos maiores bairros de Monte Azul Paulista, com cerca de 270 edificações, com ótima valorização imobiliária. Uma creche, inaugurada em 2012, a Lizetti Ciampolini Lotti Carminatti, se destaca, além do Parque Ecológico Dr. Claudio Gilberto Patrício Arroyo, principal área de lazer da cidade. Jardim Centenário: Formado por apenas cinco quadras, junto ao Anel Viário, avenida Liscano Coelho Blanco, o Jardim Centenário foi formado em 1997 pela família Guerreiro, proprietária da área, um ano depois que Monte Azul Paulista completou 100 anos de vida. Vila Nova: A família Guerreiro também construiu o bairro Vila Nova, junto à avenida Liscano Coelho Blanco, em frente ao bairro Centenário, indicando que o anel viário cortou a propriedade da família ao meio. Um bairro pequeno, mas dinâmico, com muito comércio, uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e algumas ruas sem saída.
Vila Real: O bairro Vila Real foi criado em 1994 pela família Crespo em sua antiga chácara, e atualmente é um dos bairros mais valorizados de Monte Azul Paulista, com algumas mansões e chácaras muito bonitas. O clube de campo do Recreativo é um grande atrativo do bairro. Um detalhe: tem apenas um acesso ao bairro, pela rua Saldanha Marinho. Ao lado do bairro situa-se a capela de “Santa Patrocínia”, retratada em livro de João Francisco Massoneto. Pajussara: Este bairro, na entrada da cidade, foi criado a partir da chácara da família Barato, mais especificamente de Pedro Barato, proprietário da área por mais de 50 anos, em meados da década de 1990. Com apenas 3 ruas, é considerado um bairro de classe média alta, com terrenos e casas valorizados devido à localização, ao sossego do bairro e à própria valorização dos terrenos, em sua maioria planos e com toda a infra-estrutura. É circundado por duas importantes avenidas de nossa cidade, a via de acesso Sebastião Fioreze e a avenida Theodoro Rodas, onde o comércio e a indústria se instalam com sucesso. Sua maior parte é constituída de casas, possuindo cerca de 100 moradias. Possui uma escola particular de ensino fundamental, oficinas elétrica e mecânica, empreiteiras, indústrias de painéis, de luminárias, de reforma e manutenção de bombas submersas, de placas de propaganda, de artefatos de madeira, borracharia, escritórios rurais e de construção, um bar e restaurante, um salão de beleza, comércio de veículos, além do Terminal Rodoviário Generoso Plaza, entre outros. Ao lado do Pajussara temos o Stangarlin, que é considerado como parte do Centro da cidade.
Vereador Paulo Gurjon: Diversos bairros surgiram na última década, graças ao incentivo da prefeitura e outros detalhes. O bairro Vereador Paulo Gurjon, primeiro com um nome específico de uma pessoa na cidade (em Marcondésia já existia o bairro Hygino Fioreze), foi inaugurado em 2012, e possui 83 residências populares construídas pela CDHU. Situa-se no anel viário. Residencial Jequitibá: Um bairro residencial diferente, inovador. Assim podemos considerar o Residencial Jequitibá, lançado pela empresa Blancocitrus em junho de 2012, com 63 lotes. Em lugar valorizado, próximo ao centro e ao anel viário, possui um terreno que poderia ser considerado como um condomínio de alto padrão, graças à valorização e à boa estrutura, cercado por um muro. É predominantemente residencial, mas na rua Silva Jardim, incorporada ao bairro, tem alto potencial comercial, como podemos perceber pelas academias ali existentes e outros empreendimentos que foram instalados. Jardim dos Ipês: Lançado em maio de 2013 por uma empresa de Monte Alto, SP, o bairro Jardim dos Ipês recebeu muita atenção por causa de sua localização, ao lado ao estádio Otacília Patrício Arroyo (do Atlético Monte Azul), e da Escola Nena Giannasi Buck, servindo ainda de ligação do Residencial Baraldi à praça Sebastião Baraldi, portanto, bem valorizado. Foram 80 lotes no início do lançamento. Jardim Amazonas: Em junho de 2013, uma empresa de Jaboticabal lançou um dos maiores loteamentos de Monte Azul Paulista, com 286 lotes. Surgia o Jardim Amazonas, um loteamento misto, residencial, comercial e industrial, bem na entrada da cidade, junto ao Terminal Rodoviário Generoso Plaza, no anel viário. A área, que por mais de 40 anos pertenceu a José Oscar Arroyo, foi vendida à imobiliária, que construiu um loteamento muito bem estruturado, hoje repleto de residências, comércio e indústria, além de uma praça e área verde. Jardim California: O bairro Jardim California surgiu a partir de novembro de 2014, quando foi lançado oficialmente. Constituído por dois projetos, um de 142 casas populares, Minha Casa Minha Vida, e outro particular, está localizado junto à vicinal Moacir Alves de Lima, após o Colina do Sonho II, onde podem ser implantados empreendimentos comerciais. Nestor Elias David: O bairro Nestor Elias David, segundo com o nome de uma pessoa na cidade, surgiu a partir de 2014, quando foi aprovada a documentação do projeto, que seria o maior da cidade em termos de casas populares, 278 no total. A construtora foi a CDHU. Foi entregue em setembro de 2019. Um belo projeto, que merece ser parabenizado. Logicamente, existem obras ainda a serem realizadas, como a segunda via da avenida que dá acesso ao bairro, as praças para lazer e esportes, além de obras institucionais necessárias, cujas áreas estão reservadas para tal. Obs.: nesta edição há uma notícia sobre a obtenção de verba para a construção da primeira praça. Residencial Santa Helena: Em julho de 2020 surgiu o empreendimento do bairro Jardim Santa Helena em uma área valorizada às margens da vicinal Moacir Alves de Lima (onde hoje temos uma avenida). São 123 lotes. O clube municipal Centenário está ao lado do bairro, assim como uma creche sendo construída, e outros edifícios públicos. Mesmo com toda a infraestrutura já concluída, ainda não foi lançado oficialmente, mas é um local que com certeza dará ótimos resultados, valorizando rapidamente. Distrito Industrial João Roberto David: No ano de 2015 a administração municipal de então decidiu construir em parte do antigo campo de aviação, às margens da rodovia Armando de Sales Oliveira (SP322), o segundo distrito industrial do município. No ano seguinte iniciou as obras, com as ruas sendo desenhadas e colocadas as guias para receber o asfalto, que até os dias de hoje ainda não chegou. Com certeza será um novo bairro, pois já está oficialmente homologado. Mas está quase abandonado atualmente. Distrito de Marcondésia: Monte Azul Paulista possui um distrito importante, o de Marcondésia. Diferente dos bairros, distritos são divisões administrativas formadas por um ou mais bairros. O distrito de Marcondésia possui atualmente dois bairros, que podemos considerar como Centro (do distrito) e o bairro Hygino Fioreze, formado na década de 1990 por casas populares da CDHU. Marcondésia surgiu como parte de Monte Azul Paulista através do Decreto Estadual de nº. 9775, de 30 de novembro de 1938. Anteriormente, pertencia a Cajobi. O local começou a se destacar graças aos imigrantes espanhóis que ali formaram um povoado, e com a chegada da ferrovia, em 1913, se transformou na primeira parada para quem se dirigia a Olímpia e o rio Grande, partindo de Monte Azul. O atual distrito chegou a ter um cartório a partir de 1926, que pertencia a Cajobi, que por sua vez pertencia à comarca de Barretos. Era próspero e até mais desenvolvido que a atual Olímpia no início do século passado. Hoje possui cerca de 200 edificações, com a maioria sendo residências, mas também possuindo pequenos comércios, com bares, lanchonetes e mini-mercado, entre outros. Possui uma escola municipal, a linda capela de Santo Antonio, seu cartão postal, o imponente barracão de festas, um velório, creche, um edifício da prefeitura e a avenida central, sempre bem cuidada, além do estádio de futebol, construído próximo ao local da extinta estação de trem.
TEXTOS: JOSÉ EDUARDO ARROYO FOTOS: A COMARCA / ARQUIVOS FONTES: LIVROS JOÃO FRANCISCO MASSONETTO / PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTE AZUL PAULISTA